ANA PAULA LOFRANO STEFANI*
MARIA LUISA URBAN**
Numerosos termos como hiperatividade, distúrbios de impulso hipercinético, síndrome de prejuízo do cérebro, distúrbio de deficiência da atenção, têm sido freqüentemente usados na literatura para referir-se a crianças que são desatentas, impulsivas e muito ativas. Apesar destas diversas terminologias, usaremos aqui o termo ADHD porque estes diagnósticos compartilham uma sintomatologia comum.
Alunos com distúrbios de hiperatividade / deficiência de atenção (ADHD) são tipicamente caracterizados como desatentos, impulsivos, hiperativos e podem apresentar uma variedade de problemas dentro do ambiente escolar. Estes alunos freqüentemente interrompem a sua própria concentração, a dos colegas e do professor, criando uma situação tumultuada dentro da sala de aula. Tais comportamentos aparecem acompanhados, por exemplo, de baixa auto-estima, de depressão, que afetam o desempenho escolar. Estes estudantes freqüentemente apresentam também dificuldades para seguir instruções, permanecer sentados e trabalhar de modo independente na sala de aula.
Embora as pesquisas sugiram que os fatores biológicos sejam a causa da sintomatologia da ADHD, os fatores ambientais também podem intensificar os sintomas tanto quanto podem ajudar a pessoa a melhorar seu desempenho, desde que este ambiente seja "re-arranjado" visando melhor atender as dificuldades da pessoa.
A medicação tem sido usada no tratamento de ADHD e os dados deste uso tem apontado para resultados efetivos em algumas crianças. Porém as limitações e efeitos do uso dessas medicações a longo prazo não estão claros (Du Paul e Barkley, 1990; Weiss e Hechtman, 1993). Muitos estudos têm mostrado a eficiência da combinação de medicamentos e programas terapêuticos (Du Paul e Stoner, 1994; Gitlelman-Klein et al., 1980; Pelham e Murphy, 1986; Shelton e Barkley, 1995).
Devido a variedade e severidade das dificuldades que um estudante com ADHD experimenta na escola, seus professores freqüentemente se vêem em dificuldades e ficam frustrados ao lidar com os comportamentos difíceis e desafiantes que apresentam seus alunos.
As escolas, por vezes, utilizam-se de diferentes metodologias na tentativa de obter melhores resultados no trato com os alunos ADHD. Essas metodologias propõem estratégias específicas para os professores na sala de aula, como por exemplo:
1. Arranjo das condições ambientais da sala de aula
1.1 - Sabe-se hoje que o arranjo do ambiente influencia na incidência maior ou menor de dispersividade do aluno. Estudos mostram que os estudantes mantém atitude mais engajada durante a tarefa quando sentados nas carteiras em círculo, em oposição às fileiras. Para os alunos com ADHD a proximidade com o professor pode auxiliar a promover e manter a atenção.
1.2 - É interessante habituar os alunos ao uso de uma agenda diária que inclua uma listagem de atividades do dia, permitindo assim ao estudante organizar-se, prevendo o que vai acontecer. Também esta agenda pode servir de veículo de comunicação entre o professor (a escola) e os pais (a casa) do aluno.
1.3 - Estabelecer com os alunos regras de comportamentos em classe ("combinados") ajuda na organização e manutenção de atitudes desejáveis para o trabalho. Colocar estas regras num quadro visível é importante pois assim elas podem ser regulamente retomadas. É necessário que estas regras sejam descritas de modo claro e objetivo, estabelecendo exatamente o que é esperado fazer e o que não é permitido (Por exemplo: "levante sua mão quando quiser fazer uma pergunta"; "aguarde sua vez de falar").
2. Estruturação das tarefas Tarefas mais estruturadas, que se utilizam de estímulos visuais através de diferentes cores, formas e texturas, bem como o uso de vídeos, cartazes e posters ajudam na focalização e sustentação da atenção dos alunos em geral. As pesquisas têm mostrado que especialmente os portadores de ADHD se beneficiam muito dessas situações estruturadas, apresentando diminuição dos níveis de dispersividade. Por se apresentarem muito agitados e dispersivos os alunos ADHD perdem facilmente a fala do professor. Assim, o professor terá mais sucesso se, antes de solicitar uma tarefa, cuidar de redigir as instruções para a mesma de modo muito claro e preciso. Ao solicitá-la, procurar fazê-lo de modo pausado, explicando claramente os passos desejados para sua realização.
2.1 - Exercícios extras após uma atividade mais complexa auxilia os estudantes motivando-os para ir até o fim da atividade.
2.2 - Também no sentido de motivá-los a cumprir toda a atividade, é interessante que o professor proponha tarefas acadêmicas curtas, em "pequenos passos", cuidando de dar retornos imediatos à realização, apontando o resultado obtido. O aluno com ADHD necessita destas informações (feedbacks) ao longo da realização de seus exercícios, mais do que alunos sem estas dificuldades, na medida que quaisquer estímulos concorrem para a dispersividade.
2.3 - Intercalar tarefas mais ativas com tarefas mais calmas parece ajudar os estudantes com ADHD a canalizar sua energia de forma mais apropriada. 2.4 - Ao dar as instruções para a atividade proposta, é interessante fazer com que o aluno com ADHD, ou outro colega, às vezes, repita as instruções para toda a classe. Isso ajuda a todos.
3. Quanto aos materiais de trabalho, é interessante que o professor pesquise materiais diversificados para uso em propostas originais, que possibilitem aumentar os níveis motivacionais dos alunos.
4. A presença constante do professor no acompanhamento do trabalho dos alunos é fundamental. É o momento em que ele pode dispensar informações importantes e imediatas sobre o modo como o aluno está conduzindo seu trabalho, convidando-o a pesquisar a partir da situação. Dessa forma o professor possibilita maiores oportunidades de resposta por parte do aluno, de modo a ampliar as chances de êxito do mesmo em suas pesquisas.
5. A avaliação qualitativa é fundamental na condução do trabalho com esses estudantes. Momentos de auto-avaliação com o estudante podem ser muito úteis para controlar o comportamento desatento e disruptivo de alunos ADHD. Neste procedimento as crianças qualificam seu comportamento de acordo com sua escala predeterminada e então comparam sua avaliação com a do professor. Pontos podem ser ganhos baseados na qualificação do comportamentos.
6. Estabelecer metas e medir o progresso no alcance destas metas pode ser motivador para o aluno ADHD. Isso significa, por exemplo, que o professor estará orientando o estudo do aluno, para que prossiga passo a passo, na consecução dos objetivos. É interessante engajar os pais neste processo, dando-lhes conhecimentos das metas e solicitando sua colaboração em casa quando as tarefas assim o exigirem. Todos esses aspectos são interessantes como estratégias de auxílio ao professor. No entanto, a experiência na prática educacional e clínica indica que é fundamental, para o professor, apoiar-se numa sólida metodologia, cujos princípios básicos fundamentem as ações a serem tomadas no quotidiano. Nesse sentido, a metodologia RAMAIN pode ser um dos parâmetros a nortear o trabalho do professor em sala de aula.
Algumas palavras sobre a metodologia RAMAIN
Trabalhando a partir do pressuposto de que tanto o ser humano, quanto as situações com que ele se relaciona, caracterizam-se pela globalidade, pela complexidade e pela diversidade com que se apresenta, Simonne Ramain iniciou, na França dos anos 20, a criação de uma metodologia que busca possibilitar a evolução da pessoa através de sua estruturação mental. Esta metodologia tem sido utilizada, com sucesso, na clínica psicoterápica e como instrumento metodológico para a formação pessoal do educador.
A metodologia RAMAIN trabalha através de situações problemáticas que solicitam a pessoa a buscar uma solução para resolvê-las. Por sua natureza, essas situações - exercícios cuidadosamente preparados - permitem que a pessoa trabalhe de modo a ativar suas funções psiconeurológicas (percepção, memória, linguagem, raciocínio). Ao mesmo tempo que pesquisa a realidade apresentada, a pessoa pesquisa a si mesma, desencadeando-se assim um processo de mobilidade mental em que também os aspectos emocionais são ativados (lidar com o erro ou o acerto, com a frustração diante da não obtenção de uma solução, com o tempo delimitado para realizar um exercício, com o caráter inabitual e banal da situação proposta).
Na prática clínica, crianças portadoras de ADHD beneficiam-se muito da Psicoterapia RAMAIN, uma vez que focaliza-se a evolução da pessoa na sua globalidade, em vez de submeter a criança a treinamento de função de modo isolado, o que impede uma evolução integrada. Assim, não se privilegia um treino de atenção para que a criança fique menos dispersiva; também não será através de exercícios de motricidade que ela aprenderá a controlar sua atitude hiperativa. Pela abrangência das situações RAMAIN esta criança estará, gradativamente, desenvolvendo sua atenção para consigo mesmo e na relação com o meio circundante. Poderá então evoluir para uma atitude de real interesse por si, pelo outro, pela realidade externa, o que implica em deixar de um padrão fixo e estereotipado de respostas (típico dos distúrbios), para uma flexibilidade de atitudes, indicativa do movimento mental que leva em conta a situação para posicionar-se, buscando soluções mais adequadas ao que a vida solicita.
No âmbito educacional, esta metodologia pode ser utilizada na formação pessoal do professor, possibilitando-lhe ampliar a percepção sobre si mesmo, sobre a situação ensino-aprendizagem, sobre o processo educacional. Estar mais situado em relação a si, ao outro e à realidade, certamente permitirá a este professor melhor identificar as dificuldades dessas crianças, bem como ajudá-las a estabelecer novos padrões de respostas às situações escolares e à vida em geral.
Referências Bibliográficas
Du Paul et al. - Estratégias de sala de aula para orientar estudantes com distúrbios de deficiência de atenção / hiperatividade. In: Gardill, M.C.
Revistas Labyrinthe - Em Português (1994 a 2001) - editadas pela CARI - Psicologia e Educação. São Paulo - SP.
* CARI - Psicologia e Educação - São Paulo - SP
** CARI - Psicologia e Educação - São Paulo - SP. Doutoranda pela Universidade de São Paulo.
MARIA LUISA URBAN**
Numerosos termos como hiperatividade, distúrbios de impulso hipercinético, síndrome de prejuízo do cérebro, distúrbio de deficiência da atenção, têm sido freqüentemente usados na literatura para referir-se a crianças que são desatentas, impulsivas e muito ativas. Apesar destas diversas terminologias, usaremos aqui o termo ADHD porque estes diagnósticos compartilham uma sintomatologia comum.
Alunos com distúrbios de hiperatividade / deficiência de atenção (ADHD) são tipicamente caracterizados como desatentos, impulsivos, hiperativos e podem apresentar uma variedade de problemas dentro do ambiente escolar. Estes alunos freqüentemente interrompem a sua própria concentração, a dos colegas e do professor, criando uma situação tumultuada dentro da sala de aula. Tais comportamentos aparecem acompanhados, por exemplo, de baixa auto-estima, de depressão, que afetam o desempenho escolar. Estes estudantes freqüentemente apresentam também dificuldades para seguir instruções, permanecer sentados e trabalhar de modo independente na sala de aula.
Embora as pesquisas sugiram que os fatores biológicos sejam a causa da sintomatologia da ADHD, os fatores ambientais também podem intensificar os sintomas tanto quanto podem ajudar a pessoa a melhorar seu desempenho, desde que este ambiente seja "re-arranjado" visando melhor atender as dificuldades da pessoa.
A medicação tem sido usada no tratamento de ADHD e os dados deste uso tem apontado para resultados efetivos em algumas crianças. Porém as limitações e efeitos do uso dessas medicações a longo prazo não estão claros (Du Paul e Barkley, 1990; Weiss e Hechtman, 1993). Muitos estudos têm mostrado a eficiência da combinação de medicamentos e programas terapêuticos (Du Paul e Stoner, 1994; Gitlelman-Klein et al., 1980; Pelham e Murphy, 1986; Shelton e Barkley, 1995).
Devido a variedade e severidade das dificuldades que um estudante com ADHD experimenta na escola, seus professores freqüentemente se vêem em dificuldades e ficam frustrados ao lidar com os comportamentos difíceis e desafiantes que apresentam seus alunos.
As escolas, por vezes, utilizam-se de diferentes metodologias na tentativa de obter melhores resultados no trato com os alunos ADHD. Essas metodologias propõem estratégias específicas para os professores na sala de aula, como por exemplo:
1. Arranjo das condições ambientais da sala de aula
1.1 - Sabe-se hoje que o arranjo do ambiente influencia na incidência maior ou menor de dispersividade do aluno. Estudos mostram que os estudantes mantém atitude mais engajada durante a tarefa quando sentados nas carteiras em círculo, em oposição às fileiras. Para os alunos com ADHD a proximidade com o professor pode auxiliar a promover e manter a atenção.
1.2 - É interessante habituar os alunos ao uso de uma agenda diária que inclua uma listagem de atividades do dia, permitindo assim ao estudante organizar-se, prevendo o que vai acontecer. Também esta agenda pode servir de veículo de comunicação entre o professor (a escola) e os pais (a casa) do aluno.
1.3 - Estabelecer com os alunos regras de comportamentos em classe ("combinados") ajuda na organização e manutenção de atitudes desejáveis para o trabalho. Colocar estas regras num quadro visível é importante pois assim elas podem ser regulamente retomadas. É necessário que estas regras sejam descritas de modo claro e objetivo, estabelecendo exatamente o que é esperado fazer e o que não é permitido (Por exemplo: "levante sua mão quando quiser fazer uma pergunta"; "aguarde sua vez de falar").
2. Estruturação das tarefas Tarefas mais estruturadas, que se utilizam de estímulos visuais através de diferentes cores, formas e texturas, bem como o uso de vídeos, cartazes e posters ajudam na focalização e sustentação da atenção dos alunos em geral. As pesquisas têm mostrado que especialmente os portadores de ADHD se beneficiam muito dessas situações estruturadas, apresentando diminuição dos níveis de dispersividade. Por se apresentarem muito agitados e dispersivos os alunos ADHD perdem facilmente a fala do professor. Assim, o professor terá mais sucesso se, antes de solicitar uma tarefa, cuidar de redigir as instruções para a mesma de modo muito claro e preciso. Ao solicitá-la, procurar fazê-lo de modo pausado, explicando claramente os passos desejados para sua realização.
2.1 - Exercícios extras após uma atividade mais complexa auxilia os estudantes motivando-os para ir até o fim da atividade.
2.2 - Também no sentido de motivá-los a cumprir toda a atividade, é interessante que o professor proponha tarefas acadêmicas curtas, em "pequenos passos", cuidando de dar retornos imediatos à realização, apontando o resultado obtido. O aluno com ADHD necessita destas informações (feedbacks) ao longo da realização de seus exercícios, mais do que alunos sem estas dificuldades, na medida que quaisquer estímulos concorrem para a dispersividade.
2.3 - Intercalar tarefas mais ativas com tarefas mais calmas parece ajudar os estudantes com ADHD a canalizar sua energia de forma mais apropriada. 2.4 - Ao dar as instruções para a atividade proposta, é interessante fazer com que o aluno com ADHD, ou outro colega, às vezes, repita as instruções para toda a classe. Isso ajuda a todos.
3. Quanto aos materiais de trabalho, é interessante que o professor pesquise materiais diversificados para uso em propostas originais, que possibilitem aumentar os níveis motivacionais dos alunos.
4. A presença constante do professor no acompanhamento do trabalho dos alunos é fundamental. É o momento em que ele pode dispensar informações importantes e imediatas sobre o modo como o aluno está conduzindo seu trabalho, convidando-o a pesquisar a partir da situação. Dessa forma o professor possibilita maiores oportunidades de resposta por parte do aluno, de modo a ampliar as chances de êxito do mesmo em suas pesquisas.
5. A avaliação qualitativa é fundamental na condução do trabalho com esses estudantes. Momentos de auto-avaliação com o estudante podem ser muito úteis para controlar o comportamento desatento e disruptivo de alunos ADHD. Neste procedimento as crianças qualificam seu comportamento de acordo com sua escala predeterminada e então comparam sua avaliação com a do professor. Pontos podem ser ganhos baseados na qualificação do comportamentos.
6. Estabelecer metas e medir o progresso no alcance destas metas pode ser motivador para o aluno ADHD. Isso significa, por exemplo, que o professor estará orientando o estudo do aluno, para que prossiga passo a passo, na consecução dos objetivos. É interessante engajar os pais neste processo, dando-lhes conhecimentos das metas e solicitando sua colaboração em casa quando as tarefas assim o exigirem. Todos esses aspectos são interessantes como estratégias de auxílio ao professor. No entanto, a experiência na prática educacional e clínica indica que é fundamental, para o professor, apoiar-se numa sólida metodologia, cujos princípios básicos fundamentem as ações a serem tomadas no quotidiano. Nesse sentido, a metodologia RAMAIN pode ser um dos parâmetros a nortear o trabalho do professor em sala de aula.
Algumas palavras sobre a metodologia RAMAIN
Trabalhando a partir do pressuposto de que tanto o ser humano, quanto as situações com que ele se relaciona, caracterizam-se pela globalidade, pela complexidade e pela diversidade com que se apresenta, Simonne Ramain iniciou, na França dos anos 20, a criação de uma metodologia que busca possibilitar a evolução da pessoa através de sua estruturação mental. Esta metodologia tem sido utilizada, com sucesso, na clínica psicoterápica e como instrumento metodológico para a formação pessoal do educador.
A metodologia RAMAIN trabalha através de situações problemáticas que solicitam a pessoa a buscar uma solução para resolvê-las. Por sua natureza, essas situações - exercícios cuidadosamente preparados - permitem que a pessoa trabalhe de modo a ativar suas funções psiconeurológicas (percepção, memória, linguagem, raciocínio). Ao mesmo tempo que pesquisa a realidade apresentada, a pessoa pesquisa a si mesma, desencadeando-se assim um processo de mobilidade mental em que também os aspectos emocionais são ativados (lidar com o erro ou o acerto, com a frustração diante da não obtenção de uma solução, com o tempo delimitado para realizar um exercício, com o caráter inabitual e banal da situação proposta).
Na prática clínica, crianças portadoras de ADHD beneficiam-se muito da Psicoterapia RAMAIN, uma vez que focaliza-se a evolução da pessoa na sua globalidade, em vez de submeter a criança a treinamento de função de modo isolado, o que impede uma evolução integrada. Assim, não se privilegia um treino de atenção para que a criança fique menos dispersiva; também não será através de exercícios de motricidade que ela aprenderá a controlar sua atitude hiperativa. Pela abrangência das situações RAMAIN esta criança estará, gradativamente, desenvolvendo sua atenção para consigo mesmo e na relação com o meio circundante. Poderá então evoluir para uma atitude de real interesse por si, pelo outro, pela realidade externa, o que implica em deixar de um padrão fixo e estereotipado de respostas (típico dos distúrbios), para uma flexibilidade de atitudes, indicativa do movimento mental que leva em conta a situação para posicionar-se, buscando soluções mais adequadas ao que a vida solicita.
No âmbito educacional, esta metodologia pode ser utilizada na formação pessoal do professor, possibilitando-lhe ampliar a percepção sobre si mesmo, sobre a situação ensino-aprendizagem, sobre o processo educacional. Estar mais situado em relação a si, ao outro e à realidade, certamente permitirá a este professor melhor identificar as dificuldades dessas crianças, bem como ajudá-las a estabelecer novos padrões de respostas às situações escolares e à vida em geral.
Referências Bibliográficas
Du Paul et al. - Estratégias de sala de aula para orientar estudantes com distúrbios de deficiência de atenção / hiperatividade. In: Gardill, M.C.
Revistas Labyrinthe - Em Português (1994 a 2001) - editadas pela CARI - Psicologia e Educação. São Paulo - SP.
* CARI - Psicologia e Educação - São Paulo - SP
** CARI - Psicologia e Educação - São Paulo - SP. Doutoranda pela Universidade de São Paulo.