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Desde a antiguidade, tem-se tentado explicar as diferenças de
comportamento entre os homens, a partir das diversidades genéticas ou
geográficas. As características biológicas não são determinantes das diferenças
culturais: por exemplo, se uma criança brasileira for criada na França, ela
crescerá como uma francesa, aprendendo a língua, os hábitos, crenças e valores
dos franceses.
Podemos citar, ainda, o fato de que muitas atividades que são
atribuídas às mulheres numa cultura são responsabilidade dos homens em outra. O
comportamento dos indivíduos depende de um aprendizado, de um processo chamado
endoculturação ou socialização. Pessoas de raças ou sexos diferentes têm
comportamentos diferentes não em função de transmissão genética ou do ambiente
em que vivem, mas por terem recebido uma educação diferenciada. Assim, podemos
concluir que é a cultura que determina a diferença de comportamento entre os
homens. O homem age de acordo com os seus padrões culturais, ele é resultado do
meio em que foi socializado.
Para Edward Taylor, 1871: Cultura é o todo complexo que
inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra
capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem enquanto membro de uma sociedade. Taylor
foi o primeiro a formular o conceito de cultura do ponto de vista antropológico
da forma como é utilizado atualmente.
A cultura é
um processo acumulativo. O homem recebe conhecimentos e experiências acumulados
ao longo das gerações que o antecederam e, se estas informações forem adequada
e criativamente manipuladas, permitirão inovações e invenções. Assim, estas não
são o resultado da ação isolada de um gênio, mas o esforço de toda uma
comunidade.
A existência humana é marcada pela cultura e é ela a própria
fundamentação da humanidade. Cultura é criação/ aprendizagem/ criação. É
modificada, enriquecida, num processo constante, consciente e inconsciente, por
acaso e por necessidade. Por isso a cultura marca, registra e pauta as condutas
humanas.