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Todos nós somos avaliados todos os dias, por todas as pessoas. No ambiente escolar, porém, a avaliação só faz sentido se estiver a serviço da aprendizagem através de pedagogia dinâmica. Avaliar é detectar necessidades e comprometer-se com sua superação. Em qualquer situação de vida, a questão básica da avaliação é: o que eu estou avaliando? Na escola, ela só deve acontecer para que haja intervenção no processo de ensino e aprendizagem. É sua função contribuir para que o aluno assuma controle sobre si mesmo, tenha consciência do que já é capaz e em que deve melhorar. Ela é sempre uma operação de leitura orientada da realidade, uma poderosa alavanca para a ampliação do êxito da escola.
Como proposta de avaliação em nossa escola, antes de tudo, deixamos claro aos nossos alunos aonde queremos chegar com cada uma das tarefas propostas: expomos aos estudantes para que serve o aprendizado. Da mesma forma, são criadas práticas adequadas ao desenvolvimento e à medição de competências. E, acima de tudo, temos e queremos que nossos alunos tenham a coragem de ousar.
É nossa meta ter sempre em mãos diversas possibilidades de execução de tarefas significativas, em vez de exercícios formais esvaziados de sentido, pois não podemos esquecer de que todo desempenho exige interpretação. O aluno precisa corrigir sua ação após cada processo, para aprender com os erros, não cometê-los mais e, assim, progredir.
A prática de avaliar pode ser dividida em quatro categorias:
A primeira é o conteúdo , na qual se percebe o conteúdo cognitivo do aluno;

A segunda é a forma de avaliar : dar notas ou conceitos? Fazer ou não uma semana só de exames? Dar questões longas ou curtas?

Outra categoria é formada pelas relações que a avaliação estabelece na prática de ensino: a avaliação e o tipo de aula;

A última é a intencionalidade . Mudanças nos outros aspectos sem mudar a intenção com a qual se avalia não levam a nada. Intenção e realidade, ou seja, o desejo traduzido em práticas concretas.
Uma estratégia inicial e simples é o diálogo, a exposição dialogada, onde podemos perceber de que maneira o aluno vem desempenhando suas atividades pedagógicas. Mas existem técnicas mais ativas, como:
• Avaliação objetiva, para determinar quanto o aluno aprendeu sobre dados singulares do conteúdo;
• Avaliação dissertativa, que verifica a capacidade de análise, de abstração, de formulação de idéias e redação;
• Seminário, para avaliar a eficácia da transmissão verbal do que foi pesquisado;
• Trabalhos em grupo, que possibilitam a interação, a colaboração e a socialização.
• Debate, que avalia a capacidade de defender e fundamentar pontos de vista;
• Relatório individual, com o intuito de averiguar se o aluno conhece as estruturas de texto;
• Observação, para colher informações sobre as áreas afetivas, cognitivas e psicomotoras;
• Auto-avaliação, para o aluno construir sua capacidade de perceber suas aptidões e atitudes;
• Conselho de classe, que auxilia no coletivo a tomada de decisões quanto ao desempenho da turma e de cada aluno.
Em cada uma delas podemos perceber o nível de elaboração do aluno. A metodologia participativa é fundamental na concretização da nova intencionalidade.

Enfim, avaliamos para quê? Para detectar as necessidades do aluno e para atender à superação. E quando então temos um aluno, ou vários, que não estão acompanhando? É preciso parar para atendê-los. Quando a dificuldade é localizada, há o compromisso com a busca de uma estratégia e com a superação da barreira.

Para tanto existe o momento da recuperação, que vem sendo tradicionalmente concebido como repetição, retrocesso, retorno, voltar atrás. Os estudos paralelos de recuperação são inerentes a uma prática avaliativa mediadora, com a intenção de subsidiar, provocar, promover a evolução do aluno em todas as áreas do seu desenvolvimento. Nessa concepção, os estudos de recuperação são direcionados ao futuro, porque não se trata de repetir explicações ou trabalhos, mas de organizar experiências educativas subseqüentes que desafiem o estudante a avançar na busca do conhecimento, pois este não segue um caminho linear, mas prossegue entre descobertas, dúvidas, retomadas, obstáculos e avanços.
Nossa intenção ao avaliar é acompanhar o modo singular de aprender de cada aluno e agir direcionados ao futuro, no sentido de promover a evolução deste em todas as áreas, o que exige uma atenção diferenciada em termos de análise qualitativa de suas tarefas, registros consistentes das trajetórias individuais e o ajuste contínuo à heterogeneidade da turma.

http://www.escoladinamica.com.br/paginas/avaliacao.php

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