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Primeira instituição de palhaços em hospitais fundada no Brasil, desde 1991 os Doutores da Alegria já visitaram cerca de 350 mil crianças e adolescentes hospitalizados, ou ainda 500 mil familiares, atuando com cerca de 10 mil profissionais de saúde. Trata-se de uma organização de utilidade pública, não-governamental e sem fins lucrativos, fundada pelo ator Wellington Nogueira, com base na experiência adquirida com o grupo Clown Care Unit de Nova Iorque. Atualmente está presente em três capitais brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro e Recife, e conta com 35 atores profissionais especializados na arte do palhaço e em técnicas circenses. Todos passam por uma seleção prévia, recebem treinamento específico para desempenhar seu trabalho junto aos jovens internados e são devidamente remunerados por essa intervenção artística.
Inovadores, são a única organização do gênero no mundo a contar com um Centro de Estudos próprio, responsável por pesquisar e difundir o conhecimento adquirido. Dentre suas ações, figuram a produção de pesquisas científicas, teses, publicação de livros e a parceria desde 2002 com o Ministério da Saúde, na área de formação profissional.
Para desenvolver suas ações, os Doutores da Alegria contam com o apoio da Lei de Incentivo à Cultura (do Ministério da Cultura) e com a parceria de diversas empresas e pessoas físicas. Seus recursos são captados por meio de sua Central de Sócios Mantenedores, da venda de produtos exclusivos e da realização de palestras. Não realizam nenhuma ação de captação de recursos (financeiros ou de qualquer outra natureza) em transportes públicos, cruzamentos de trânsito, instituições públicas ou serviços de telemarketing. Tampouco é cobrado dos hospitais e de pais das crianças e jovens internados para receber o trabalho dos artistas da organização.
O conhecimento adquirido pela instituição desde 1991 despertou a atenção de artistas, de profissionais da área da saúde interessados na humanização hospitalar e da classe empresarial, que vem investindo em palestras ministradas pelos Doutores da Alegria.
Por meio de seminários e oficinas práticas, os participantes puderam aprofundar o olhar e refletir sobre seu cotidiano de trabalho e relacionamentos. O Centro também disponibiliza um acervo sobre o assunto, como livros, artigos, documentos e teses. Já pelo site www.doutoresdaalegria.org.br, o usuário pode acessar o conceito e a finalidade do Centro, artigos, relatórios e links especializados sobre o assunto, novidades, eventos e seminários que estejam acontecendo, referências bibliográficas, a pesquisa dos efeitos que o humor exerce sobre a saúde, e o Fórum de Discussões, onde podem ser elaboradas e discutidas as mais variadas questões.
Ao completar quatorze anos de fundação, os Doutores da Alegria inovam mais uma vez ao lançar revista semestral que primará pela diversidade de temas e tratará também artigos de profissionais convidados, de diferentes áreas do saber
O caderno Boca Larga – Coleção Doutores da Alegria surgiu da necessidade do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da instituição de divulgar suas atividades, ampliando assim o seu alcance. A proposta da revista é tratar, a cada novo volume, de um tema diferente. Partindo da constatação de que há atualmente poucas publicações sobre palhaços e, mais ainda, sobre palhaços em hospitais, para esse volume inaugural foram escolhidos como assuntos a serem abordados a formação desse artista; qual a procedência histórica do palhaço brasileiro; ética e qualidade no trabalho de palhaços em hospitais.

Para Wellington Nogueira, fundador e coordenador artístico dos Doutores da Alegria, o primeiro volume da coleção Boca Larga auxiliará na formação de futuros artistas e no aprimoramento daqueles que já estão em contato com o público dos hospitais: “Bem fundamentados, podemos discutir e instigar cada vez mais ética e qualidade na atuação do palhaço, do artista cênico, do palhaço que vai para o hospital, do ator que busca novas formas de tocar seu público, do artista que busca novos públicos, de toda essa legião de pessoas cuja paixão e respeito pelo ofício de artista faz com que o mundo viva, perceba e encontre beleza, sentido, solução”.
De acordo com estudos recentes, o ato de rir beneficia a saúde do ser humano (comprovadamente, facilita a vasoconstricção e reduz o fluxo de sangue para a pele, diminuindo a sensibilidade cutânea e produzindo o relaxamento muscular). Mestre em psicologia responsável por uma pesquisa que constatou os benefícios da atuação dos Doutores da Alegria na recuperação de jovens hospitalizados, “Hoje sabemos de resultados importantes da intervenção dos palhaços – mudança de comportamento expressiva na criança alimentando-se melhor, aceitando medicações e exames, melhora da comunicação com pais e profissionais da saúde e a diminuição do stress da internação. Neste sentido esta revista pretende ser um espaço de encontro, conversa e conhecimento para temas que falem de humor, arte e desenvolvimento da saúde. Visa colaborar na construção de bases sólidas para que a atividade do palhaço se estabeleça como lugar de desenvolvimento cultural e transformação social”.






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