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Por Karmem Amambahy
Diante de todo o contexto envolvendo dificuldade de aprendizagem, é necessário que muito se reflita acerca de como podemos contribuir na aprendizagem desses alunos.
Temos que ter em mente que não há criança que não aprenda o que ocorre é que algumas aprendem de modo mais rápido, outras não. Sem sombras de dúvida, para o sucesso escolar desses alunos com dificuldade de aprendizagem falta uma associação de fatores que envolvam ambiente adequado + estímulo+ motivação + organismo, possibilitando que o professor na sua árdua tarefa de lidar com as mais diferentes adversidades saiba que antes de tudo, se faz necessário saber avaliar, distinguir e principalmente querer mudar, respeitando cada criança em seu estado de desenvolvimento.
Por que a dificuldade de aprendizagem é um déficit específico da atividade acadêmica, enquanto o distúrbio de aprendizagem é uma disfunção intrínseca da criança relacionada aos fatores neurológicos.
As crianças portadoras de distúrbio de aprendizagem não são incapazes de aprender, pois os distúrbios não é uma deficiência irreversível, mas uma forma de imaturidade que requer atenção e métodos de ensino apropriados. Os distúrbios de aprendizagem não devem ser confundidos com deficiência mental.
Considera-se que uma criança tenha distúrbio de aprendizagem quando: Não apresenta um desempenho compatível com sua idade. Apresenta discrepância entre seu desempenho e sua habilidade intelectual em uma ou mais das seguintes áreas; expressão oral e escrita, compreensão de ordens orais, habilidades de leitura e compreensão e cálculo e raciocínio matemático.
Apresenta problemas de aprendizagem em uma ou mais áreas. O problema de aprendizagem não é devido a deficiências visuais, auditivas, nem a carências ambientais ou culturais, nem problemas emocionais. Os diagnósticos são um emaranhado de situações associadas. A tomada de decisão diagnóstica envolve a ponderação da adequação de diferentes diagnósticos. Isto é um processo e as decisões diagnósticas não são possíveis até que haja dados suficientes.
Uma parte importante e às vezes negligenciada da avaliação da criança com distúrbios de aprendizagem é o fornecimento de um feedback ou retorno aos pais, a profissionais e ao aluno.
Os sintomas que aparecem ou são manifestados:
Distúrbios da atenção e concentração que retrata os comportamentos dos alunos.
Dificuldades de leitura manifestada pela aquisição das competências básicas relacionadas a fase de decodificação, como sendo a compreensão e interpretação de textos, as dificuldades de escrita e presença de erros ortográficos em geral.
Dificuldades na matemática, que se revelam na aquisição da noção de números, no lidar com quantidades e relações espaços-temporais e problemas de aquisição e utilização de estratégias para aprender, manifestados na falta de organização comprometendo o sucesso na aprendizagem.
E prestar atenção, compreender, aceitar, reter, transferir e agir são alguns dos componentes principais da aprendizagem.
As causas mais freqüentes para as dificuldades de aprendizagem são: Escola, Fatores cognitivos, Desenvolvimento da linguagem, Fatores afetivo-emocionais, Fatores ambientais (nutrição e saúde), Diferenças culturais e ou sociais.
Escola é onde estão incluídos os fatores intra-escolares como inadequação de currículos, de programas, de sistemas de avaliação, de métodos de ensino, e relacionamento professor - aluno. Vale salientar a necessidade de diferenciar com uma especial atenção, as crianças com dificuldades de aprendizagem das crianças com dificuldades escolares. Para elas essas últimas revelam a incompetência da instituição educacional no desempenho de seu papel social e não podem ser consideradas como problemas dos alunos.
É comum ainda vermos professores usando material de ensino desestimulante, desatualizado, totalmente desprovido de significado para os alunos, sem levar em consideração suas diferenças individuais. O aluno não se envolve no processo de ensino-aprendizagem e fica mais difícil a assimilação de conhecimentos.
Não podemos considerar essas crianças defeituosas, ou deficientes, elas podem sim aprender! É preciso procurar uma forma de ensino e não algo que esteja errado na criança. É provável que seu método de ensino e a forma de aprendizagem pela criança estejam em defasagem. Nem a criança nem o professor devem ser responsabilizados por isso, mas o professor pode ser responsável se não tentar algo mais.
O papel da escola é desenvolver o potencial de cada um, respeitando as características individuais do aluno e sempre procurando reforçar os pontos fracos e auxiliando na superação dos pontos fracos, evitando dessa forma que as dificuldades que as crianças possuem na sejam motivos para serem excluídas no processo de aprendizagem e muito menos possam ser rotuladas ou discriminadas.
Outro fator no papel da escola é a família, pois permite a troca de experiência entre pais e professores. É muito importante que haja uma integração entre ambos. Tanto os pais quanto os professores precisam entender que as dificuldades que a criança possua não é culpa de ninguém, e que se tiver um trabalho em conjunto todos serão beneficiados, principalmente a criança.


Referências Bibliográficas
• FONSECA, V. Introdução às dificuldades de aprendizagem. 2 ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
• CIASCA, Sylvia M. Distúrbio de Aprendizagem: Proposta de Avaliação Interdisciplinar. S.P: Casa do Psicólogo, 2003. Pp 19 – 29.
• PENNINGTON, Bruce F. Diagnóstico de Distúrbios de Aprendizagem. S.P: Pioneira, 1997. Pp 34 – 40. Cap.3, Parte I.

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