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Maria do Carmo Amambahy

A proposta da Psicopedagogia hospitalar é ser o interlocutor de todos os que passam por internações. Embasados na técnica e na pratica utilizando todo o seu conhecimento para criar um mundo onde as pessoas se preocupam umas com as outras.
A Psicopedagogia hospitalar contribui para a melhoria da qualidade de saúde e auto-estima dos pacientes internados proporcionando uma intervenção com ludicidade, humanização e aprendizagem, o psicopedagogo atuará de forma coesa, afetiva e humanizadora com toda equipe multidisciplinar integrando novas ideias e ressignificando.
No processo de hospitalização se faz necessário a atuação do psicopedagogo para realizar diversas atividades, levantar a auto-estima e direcionar caminhos para que o paciente aprenda a conviver com as diversas dificuldades que irá ter que passar, por conseqüência de sua doença.
É necessário que a criança seja devidamente orientada do seu processo patológico para que não seja recalcada no futuro. Esse contexto humanizador irá contribuir para um bem estar físico, cognitivo, afetivo e social.
É comum presenciarmos a despersonalização do paciente que é denominado como leito x, doente tal, visto como uma maquina e não como seres humanos. Não percebem que essa indiferença causa maléfica a saúde agravando o seu estado orgânico afetivo.
Costuma-se observar que, os estados psicológicos e afetivos contribuem de alguma forma para um aceleramento ou melhoria da doença e da dor.
Diante do sofrimento e dor cada criança reage de maneira adversa com agitação, agressividade, silêncio etc. tornando assim difícil de propor atividades psicopedagogicas, mas não podemos desistir deixar se contaminar pelas adversas reações que a doença ocasiona nas crianças, afinal esta ali para recuperar a auto-estima, a ter esperança, a enfrentar as situações que terá que vivenciar no hospital.
Temos que enfrentar as situações com controle emocional, exercitando o sentimento de amor, como toque carinhoso, abraço, sorriso ou ate mesmo um sofrer junto.
Todo momento trabalha-se com cognição e emoção. As emoções são indispensáveis para a nossa vida racional, ela nos faz únicos, e é justamente o nosso comportamento emocional que nos diferencia uns dos outros.
Cada profissional ao se comprometer com sua atuação e ao aceitar do outro estará contribuindo para um amanhã melhor, celebrando a vida com menos patologias e mais saúde.
Referencias:
PORTO, Olívia. Psicopedagogia hospitalar: intermediando a humanização na saúde/Rio de Janeiro: Wak Ed.2008.120p.
MELLO, Daniella Reis. Psicopedagoga pela UNESA, atuando em Instituição Hospitalar na área de Recursos Humanos

Chat com a Presidente da ABPp, Maria Cecília Castro Gasparian.
Gostaríamos de perguntar em um primeiro momento de questioná-la a respeito do processo de regulamentação da profissão do psicopedagogo?
O Processo de Regulamentação está na Comissão de Constituição, Justiça, e Redação do Congresso. Caso seja aprovado irá para o Senado.
Qual é exatamente o campo de atuação do psicopedagogo?
O Psicopedagogo trabalha com as dificuldades de aprendizagem escolar. Ele pode atuar tanto em clínica como na instituição escolar para ajudar a solucionar essa dificuldade. Atualmente, porém, seu campo de atuação está sendo pesquisado e ampliado para Hospitais e instituições empresariais.
Gostaríamos de saber: Uma vez regulamentada a profissão, serão abertos cursos superiores em Psicopedagogia ou ficará em nível de especialização?
O curso de Psicopedagogia como especialização já é um curso Latu Senso, portanto superior. O Projeto de Lei que regulamenta a profissão de Psicopedagogo diz que o curso é de especialização obedecendo a carga horária de no mínimo 600h/aula, com estágio supervisionado e orientação de monografia.
Gostaríamos de saber em termos de graduação?
Em termos de graduação, a ABPp não tem nada a se opor, acho ótimo. Porém, o Projeto de Lei que tramita no Congresso visa o Pós-graduado em Psicopedagogia, o especialista. Isto quer dizer que após a Graduação o aluno deverá cursar a Pós-Graduação em Psicopedagogia.
Quais são as possibilidades salariais de um psicopedagogo?
As possibilidades de mercado são as mesmas de qualquer profissional liberal que está começando. Formar uma clientela não é fácil e demanda tempo e espera além de uma ótima atuação, pois sua clientela será feita através da propaganda do seu próprio cliente. Quanto as possibilidades salariais vai depender da região em que este está atuando. O preço de São Paulo varia de região e do poder aquisitivo da população.
No campo da Psicopedagogia Clínica, você considera viável a abertura de clínica particular? Como fazer para abrir? Quais as exigências? Qual é o tempo aproximado de tratamento clínico?
Atualmente não podemos abrir uma clínica particular de psicopedagogia, porém o que você poderá fazer é abrir uma sala de atendimento pedagógico para crianças e ou adolescente, uma espécie de acompanhamento escolar. O valor, como já disse acima, varia de região para região. Você deverá cobrar um preço condizente com o poder aquisitivo da população senão você não terá clientes. O tempo aproximado também varia dependendo de cada caso. Normalmente, só para fazer um diagnóstico psicopedagógico o profissional leva aproximadamente de 4 a 6 sessões, uma ou duas sessões de entrevista com os pais e uma devolutiva, mas isso, como eu disse, varia de profissional para profissional como de cliente para cliente.
Quais regiões do Brasil (ou instituições) apresentam estudos mais avançados no campo da Psicopedagogia?
Atualmente, como tenho viajado muito pelo Brasil, tenho presenciado um grande avanço em todas as regiões. Porém, como os estudos sobre este tema tiveram início nas regiões sul e sudeste estas duas regiões apresentam uma vantagem sobre as outras. Quanto às instituições acredito que todas elas tenham um bom programa e procuram profissionais cada vez mais gabaritados para formarem seus quadros de professores.
Sabe-se que a Psicolingüística e a Psicopedagogia têm pontos em comum. Quais são as contribuições da Psicolingüística na atuação Psicopedagógica?
Meus conhecimentos neste campo são pequenos porém sei que a Psicolingüística estuda os processos psicológicos implicados no uso e aquisição da linguagem. Existe uma diferença entre Psicolingüística e Lingüística. A Lingüística é somente a descrição e explicação formalmente os elementos que constituem as línguas, ou seja, a condição lingüística, não a condição em si. Já a Psicolingüística estuda a aquisição e utilização da língua, ou seja, os processos. Acredito que a sua contribuição esteja exatamente nos estudos e nas pesquisas sobre os processos dessa aquisição e que estão sendo realizadas neste campo. A Universidade Federal de Santa Catarina e a PUC do Rio de Janeiro estão desenvolvendo um bom trabalho neste sentido. Sei que existe um laboratório na PUC-RJ que faz pesquisa com bebês e crianças. Essas universidades poderão fornecer maiores explicações e poderão dar uma boa bibliografia.
Gostaríamos de obter maiores informações a respeito da Associação, como por exemplo: vantagens.
1. Descontos nos eventos e a Revista Psicopedagogia, isso no âmbito nacional.
Agora, cada Seção oferece outras vantagens, procure portanto a Seção RS para outras informações.
Tanto a PSicopedagogia Hospitalar como a Empresarial são campos de atuação novos e estão sendo estudados, pesquisados e a produção científica é muito limitada. Quanto às datas previstas para estas apresentações e eventos, as mesmas estão sendo programadas e sairá em breve nos site da ABPp e através do Psicopedagogia On Line. Estamos também lançando o Boletim Informativo da Nacional para todos os associados..
Este texto estará disponível nos sites da ABPp e da Psicopedagogia On Line

O que é a psicopedagogia?

A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico. Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento, para que possam compreender e entender suas características evitando assim cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar, analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.

2. Quem são os psicopedagogos?

São profissionais preparados para atender crianças ou adolescentes com problemas de aprendizagem, atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou institucional.

3. Onde atuam?

O psicopedagogo poderá atuar em escolas e empresas (psicopedagogia institucional), na clínica (psicopedagogia clínica).

4. Como se dá o trabalho na clínica?

O psicopedagogo, através do diagnóstico clínico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para isto, ele usará instrumentos tais como, provas operatórias (Piaget), provas projetivas (desenhos), EOCA, anamnese.
Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões, honorários, a importância da freqüência e da presença e o que ocorrer, ou seja, fará o enquadramento. Neste momento não é recomendável falar sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá contaminar o diagnóstico interferindo no olhar do psicopedagogo sobre o sujeito. O histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao final das sessões numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis.

5. O diagnostico é composto de quantas sessões?

Entre 8 a 10 sessões, sendo duas sessões por semana, com duração de 50 minutos cada.

6. E depois do diagnóstico?

O diagnóstico poderá confirmar ou não as suspeitas do psicopedagogo. O profissional poderá identificar problemas de aprendizagem. Neste caso ele indicará um tratamento psicopedagógico, mas poderá também identificar outros problemas e aí ele poderá indicar um psicólogo, um fonoaudiólogo, um neurologista, ou outro profissional a depender do caso.

7. E o tratamento psicopedagógico?

O tratamento poderá ser feito com o próprio psicopedagogo que fez o diagnóstico, ou poderá ser feito com outro psicopedagogo.
Simaia Sampaio


A psicopedagogia está intimamente ligada à psicologia educacional, da qual uma parte aplicada à prática..psicopedagogia surgiu para o tratamento de determinadas dificuldades de aprendizagem específicas, a psicopedagogia é aberta a profissionais de diferentes áreas é uma área plenamente interdisciplinar, tanto psicológica como pedagógica.
A psicologia cognitiva estuda a cognição, os processos mentais que estão por detrás do comportamento. É uma das disciplinas da ciência cognitiva. Esta área de investigação cobre diversos domínios, examinando questões sobre a memória , atenção, percepção, representação de conhecimento, raciocínio, criatividade e resolução de problemas.
Algumas das abordagens dentro da psicologia cognitiva São: abordagem dos sistemas simbólicos, abordagem culturalista, abordagem dos sistemas de infomação e conexionista.
Teorias cognitivistas
Nas teorias cognitivistas o aluno não é passivo na aprendizagem, pois, diferentemente dos modelos comportamentalistas, deixa de ser visto como o receptáculo dos conhecimentos transmitidos pelo professor, mediante os quais se esperava determinadas respostas.
Ao mesmo tempo em que uma criança passa por consideráveis alterações físicas durante o seu desenvolvimento também as suas capacidades cognitivas progridem através de transformações fundamentais. O desenvolvimento cognitivo remete para um processo mental pelo qual o conhecimento é adquirido, armazenado e recuperado para resolver problemas.
As teorias cognitivas procuram explicar as atividades cognitivas que contribuem para o desenvolvimento intelectual das crianças e da capacidade de aprendizagem. A investigação sobre o desenvolvimento cognitivo teve um grande impacto no movimento construtivista e na tecnologia educativa.
As teorias cognitivistas assumem que a aprendizagem produz-se a partir da experiência, que não é entendida como uma simples transferência mas como uma representação da mesma. A ênfase é colocada na forma como se adquirem as representações do mundo, como se armazenam na memória ou estrutura cognitiva. É, assim, realçado o papel da memória, não no sentido tradicional que a afastava da compreensão, mas antes como um valor construtivista. Valoriza-se a aprendizagem humana através de processos construtivos de assimilação e acomodação.
O cognitivismo abandonou a orientação mecanicista passiva do comportamentalismo e entende o sujeito como um processador ativo da informação através do registo e organização da informação de forma a reorganizá-la e reestruturá- la no seu mecanismo cognitivo.
Esta reestruturação não se reduz a uma mera assimilação, mas é, pelo contrário, uma construção dinâmica do conhecimento.
A teoria cognitivista tem como principiais características os estímulos provocados pelo meio em que se situa o sujeito, os registros sensoriais do indivíduo através dos quais retém nas memórias de curto e de longo prazo (MCP e MLP) a informação que processa, de acordo com o grau de atenção que presta a esses mesmos estímulos e da significação que lhes atribui.

http://www.youtube.com/watch?v=NjJGSMJQ91U&feature=related